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Você trabalha muito mais do que um Servo da Idade Média

A vida de um camponês medieval certamente não era um mar de rosas. Sua vida era assombrada pelo medo da fome, doenças e eclosão de guerras. Sua dieta e higiene pessoal deixavam muito a desejar. Mas, apesar de sua reputação de miserável, você pode invejá-lo por um motivo: suas férias.

Lynn Parramore por Lynn Parramore
14 de novembro de 2016 - Atualizado em 7 de julho de 2019
em Economia, História
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Arar o solo e colher eram um trabalho árduo, mas o camponês desfrutava de algo entre 8 semanas e metade do ano de férias.

A igreja, ciente de como impedir a população de se rebelar, forçou uma série de feriados obrigatórios. Casamentos, velórios e nascimentos poderiam significar uma semana de folga, bebendo cerveja para comemorar, e quando malabaristas ou eventos esportivos itinerantes vinham à cidade, o camponês contava com a folga para o entretenimento. Havia domingos sem trabalho, e quando as épocas de aragem e colheita acabavam, o camponês também tinha tempo para descansar.

De fato, a economista Juliet Shor descobriu que durante períodos de salário particularmente altos, como a Inglaterra do século 14, os camponeses não poderiam trabalhar mais de 150 dias por ano.

Pieter de Bloot
Camponeses fazendo festa do lado de fora de uma pousada, de Pieter de Bloot (? 1601/2–1658 Roterdã).

E quanto ao trabalhador moderno dos Estados Unidos? Depois de um ano no emprego, ele tem direito a uma média de 8 dias de férias por ano.

Não se supunha que as coisas seriam assim. John Maynard Keynes, um dos fundadores da economia moderna, fez uma previsão famosa de que, por volta de 2030, sociedades avançadas seriam abastadas o suficiente para que o tempo de lazer não caracterizasse o trabalho, mas o estilos de vida nacionais. Até o momento, as projeções não parecem boas.

Avance para o século 21 e os Estados Unidos são o único país desenvolvido sem nenhuma política nacional de férias. Muitos trabalhadores estadunidenses precisam continuar trabalhando nos feriados e dias de férias frequentemente não são usados. Mesmo quando finalmente conseguimos sair em um feriado, muitos de nós respondemos e-mails e conferimos se está tudo bem no trabalho quando estamos acampando com os filhos ou tentando relaxar na praia.

Alguns culpam o trabalhador estadunidense por não fazer valer seus direitos. Mas em um período de desemprego consistentemente alto, insegurança no trabalho e sindicatos enfraquecidos, os empregados sentem que não há escolha além de aceitar as condições definidas pela cultura de trabalho e pelo empregador. Em um mundo de empregos sob demanda [em inglês, at-will, modalidade de trabalho em que o empregador não precisa de justificativa para demitir o funcionário], em que o contrato de trabalho pode ser encerrado a qualquer momento, não é fácil fazer objeções.

É verdade que o New Deal trouxe de volta algumas condições garantidas a trabalhadores rurais e artesãos da Idade Média, mas desde os anos 1980 as coisas têm ido ladeira abaixo. Com os empregos seguros e duradouros se esgotando rapidamente, as pessoas pulam de emprego em emprego, portanto a senioridade não traz mais os benefícios de dias adicionais de férias. A tendência crescente de trabalhos remunerados por hora e de tempo parcial, alimentada pela crise de 2008, significa que, para muitos, a ideia de férias garantidas é uma memória distante.

Ironicamente, essa cultura de trabalho sem fim não ajuda muito quem está na base. Estudo após estudo aponta que o excesso de trabalho diminui a produtividade. Por outro lado, o desempenho aumenta depois das férias e os trabalhadores retornam com energia e foco. Quanto maiores as férias, mais relaxadas e cheias de energia se sentem as pessoas ao retornarem ao escritório.

trabalho

Crises econômicas dão a políticos porta-vozes da austeridade desculpas para falar em redução de períodos de descanso, aumento da idade de aposentadoria e corte de programas sociais e de medidas de proteção social que se propõem a nos dar um destino melhor do que trabalhar até cair.

Na Europa, onde trabalhadores têm de 25 a 30 dias de férias por ano, políticos como o presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro grego Antonis Samaras estão dando sinais de que a cultura de férias mais longas está chegando ao fim. Mas a crença de que férias mais curtas trazem ganhos econômicos não parece razoável. De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os gregos, que enfrentam uma economia sofrível, trabalham jornadas mais longas que qualquer europeu. Na Alemanha, uma potência econômica, trabalhadores estão do segundo ao último lugar no ranking de horas trabalhadas. Apesar do tempo maior fora do trabalho, trabalhadores alemães ocupam o oitavo lugar em produtividade, enquanto os gregos ocupam o 24º de um total de 25 lugares.

Além da estafa, a redução das férias faz nosso relacionamento com família e amigos sofrer. Nossa saúde está se deteriorando: depressão e maior risco de morte estão entre os resultados de uma nação sem férias. Algumas pessoas com visão de futuro têm tentando reverter essa tendência, como o economista progressista Robert Reich, que defendeu a obrigatoriedade de três semanas de férias para todos os trabalhadores estadunidenses. O congressista Alan Grayson propôs o Paid Vacation Act de 2009, mas, infelizmente, o projeto de lei sequer chegou ao plenário do Congresso.

Por falar no Congresso, seus membros parecem ser as únicas pessoas nos Estados Unidos com tanto tempo fora do trabalho quanto o camponês medieval. Eles tiveram 239 dias de folga este ano.

Bônus:

Link do texto original:

Evonomics – Before Capitalism, Medieval Peasants Got More Vacation Time Than You. Here’s Why.

Traduzido por Edson Cunha

Tags: AusteridadeCapitalismoIdade MédiaOCDETrabalho
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Olá! Que bom te ver aqui novamente! :-)

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