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Ao contrário do que diz, Bolsonaro apoia invasão estrangeira na Amazônia

Ao contrário do que diz, Bolsonaro apoia invasão estrangeira na Amazônia

Enquanto o governo vê perigo em "ONGs", multinacionais saqueiam a Amazônia, cometendo crimes ambientais e contra indígenas e quilombolas no processo

Gabriel Dantas por Gabriel Dantas
29 de novembro de 2020 - Atualizado em 16 de dezembro de 2021
em Meio Ambiente, Nacional
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A rejeição de Bolsonaro ao Fundo Amazônia é uma demonstração clara da sua falta de compromisso em proteger a floresta. No ano de 2018, a Amazônia atingiu o marco de 700 mil km² de área perdida para o desmatamento (20% de sua cobertura original). Até agora, a única postura de Bolsonaro foi, ao sabotar intencionalmente os órgãos de proteção e fiscalização ambiental, conceder um “aval informal” para grandes fazendeiros, madeireiros e garimpeiros ilegais praticarem seus crimes.

A floresta amazônica é ponto chave para nossa existência, pois os seus “rios voadores” carregam massas de água e levam umidade para a América do Sul inteira, influenciando nosso regime de chuvas. Sem isso, muitas regiões do Brasil seriam mais secas, então não é exagero dizer que a Amazônia sustenta nossa vida aqui, além de proporcionar equilíbrio climático e condições adequadas de sobrevivência na Terra. A Amazônia é um ecossistema único e é triste ver sua grandeza imponente e natural sendo destruída em favor de campos de soja ou gado. É um crime ver o Brasil substituir sua riqueza natural por uma realidade estéril e inóspita. O solo pobre da Amazônia se mantém através de um ciclo próprio de decomposição de suas plantas e materiais orgânicos, o desmatamento interrompe esse processo e pode transformar a floresta em deserto, além de desequilibrar o clima.

Bolsonaro não possui qualquer intenção de proteger a integridade da floresta, pelo contrário, trabalha para garantir o desmatamento e a exploração ilegal (informalmente permitida, agora). A paralisação do Fundo Amazônia é mais uma demonstração das investidas contra a política ambiental e da recusa do governo em cumprir seu papel constitucional. Chega a ser aterrorizante ver que, dentro dessa catástrofe, os eleitores de Bolsonaro encontraram espaço para fantasiá-lo como defensor da soberania brasileira e da floresta amazônica. Bolsonaro trabalha muito bem contra a soberania nacional ao dizer que “temos muita riqueza [na Amazônia] e eu gostaria muito de explorá-la junto aos Estados Unidos” em conversa informal no Fórum de Davos com Al Gore, o que mostra que ele sempre partiu do pressuposto que a Amazônia deveria ser explorada com a ajuda dos Estados Unidos.

Não há nas ações e políticas de Bolsonaro qualquer nacionalismo, como disse a antropóloga Andréa Zhouri: “as mineradoras estão lá, os noruegueses, os britânicos, os chineses estão lá ocupando quilômetros de terras, explorando madeira, minério, gado. O solo já é bastante internacionalizado na Amazônia. Os próprios militares cederam a base de Alcântara no Maranhão para os Estados Unidos”. O discurso fantasioso de Bolsonaro de proteger a “soberania nacional” contra a “ameaça estrangeira” é apenas uma retórica ideológica para ele se proteger do constrangimento e da responsabilidade internacional. Bolsonaro está muito bem adequado à realidade subdesenvolvida e agroexportadora do Brasil, a qual coloca o país em posição de desvantagem no cenário internacional.

O envolvimento estrangeiro na floresta é real, e não há nenhuma atitude do governo contra isso. Mineradoras estrangeiras — como a britânica Anglo American, a antiga Alcan canadense (incorporada pela anglo-australiana Rio Tinto em 2007), a estadunidense Alcoa, a norueguesa Norsk Hydro, a canadense Belo Sun, a francesa Imerys, a australiana South32 — possuem e exploram propriedades e riquezas brasileiras com a permissão do governo, na maioria das vezes impulsionando devastação ambiental e desrespeitando direitos humanos. Em 2017, o envolvimento de mineradoras canadenses no esforço de extinção da Renca gerou polêmica no mundo inteiro. Em 2009, a mineradora norueguesa Hydro despejou lama tóxica em rios amazônicos, causando grande impacto para a população local, até hoje sem ser responsabilizada. A Anglo American, tem quase 300 requerimentos de mineração que incidem sobre terras indígenas na Amazônia e o presidente Bolsonaro encaminhou um projeto de lei para autorizar a exploração em terras indígenas.

O relatório “Cúmplices na destruição: como corporações globais estão possibilitando violações dos direitos dos povos indígenas na Amazônia brasileira” da Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), feito em parceria com a Amazon Watch, rastreia invasões de terras, violência, desmatamento ilegal e outras violações de direitos, como a obstrução da titulação de terras e processos de consulta prévia, associados a empresas estrangeiras. O documento demonstra “como as empresas de soja, gado e madeira responsáveis ​​pela destruição da Amazônia brasileira sob o novo presidente do Brasil negociam abertamente e recebem financiamento de várias empresas na Europa e na América do Norte. Embora essas empresas tenham ligações documentadas para o desmatamento ilegal, a corrupção, o trabalho escravo e outros crimes, eles ainda fazem negócios com empresas sediadas em países que são os três maiores parceiros comerciais do Brasil: China, União Europeia e Estados Unidos”.

As multinacionais estrangeiras que exploram a Amazônia

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Anglo American
Mineração Rio Norte
Os acionistas da Mineração Rio Norte

1. A inglesa Anglo American, maior mineradora de platina do mundo, entrou no Brasil para explorar cobre, ouro, níquel e manganês em terras indígenas.

A inglesa Anglo American, maior produtora de platina do mundo, entrou no Brasil para explorar cobre, ouro, níquel e manganês em terras indígenas.

2. A Mineração Rio Norte, cuja maior parte dos acionistas são multinacionais estrangeiras, explora há 50 anos bauxita no Pará, deixando para trás lama, destruição da biodiversidade e exclusão de comunidades quilombolas. (Foto: Thaís Borges)

A Mineração Rio Norte, cuja maior parte dos acionistas são multinacionais estrangeiras, explora há 50 anos bauxita no Pará, deixando para trás lama, destruição da biodiversidade e exclusão de comunidades quilombolas. (Foto: Thaís Borges)

3. Os acionistas da Mineração Norte.

Os acionistas da Mineração Norte.

4. A Estrada de Ferro Juruti da Alcoa, localizada no Oeste do Pará. Ferrovia construída para escoar minério de bauxita e alumina.

A Estrada de Ferro Juruti da Alcoa, localizada no Oeste do Pará. Ferrovia construída para escoar minério de bauxita e alumina.

5. Escritório da canadense Belo Sun, na Vila Ressaca, sudoeste do Pará. A mineradora de ouro ignora normas de segurança na construção de barragens, colocando em risco o rio Xingu. (Imagem: Isabel Harari/ISA)

Escritório da canadense Belo Sun, na Vila Ressaca, sudoeste do Pará. A mineradora de ouro ignora normas de segurança na construção de barragens, colocando em risco o rio Xingu. (Imagem: Isabel Harari/ISA)

6. A água branca e turva dos igarapés Curuperê e Dendê, em Barcarena, nordeste do Pará, se deve ao calium, substância tóxica produzida pela mineradora francesa Imerys.

A água branca e turva dos igarapés Curuperê e Dendê, em Barcarena, nordeste do Pará, se deve ao calium, substância tóxica produzida pela mineradora francesa Imerys.

Segundo matéria da Amazon Watch “instituições financeiras sediadas nos Estados Unidos desempenham papel fundamental para viabilizar ações destrutivas de empresas vinculadas a violações de direitos indígenas e conflitos em territórios indígenas na Amazônia brasileira” e “seis instituições financeiras com sede nos Estados Unidos – BlackRock, Citigroup, JPMorgan Chase, Vanguard, Bank of America e Dimensional Fund Advisors – de 2017 a 2020 investiram mais de US$ 18 bilhões em nove empresas que permitiram violações de direitos ambientais e indígenas”.

O relatório expõe ainda que grandes empresas de mineração como a Vale e a Anglo American aguardam ansiosamente a destruição dos direitos às terras indígenas para prospectar em territórios nativos. Eles também mostram que a gigante do agronegócio JBS obtém gado criado ilegalmente em territórios indígenas e a Cargill faz negócios com produtores de soja que ocupam terras indígenas não tituladas. Esse tipo de retrato demonstra a região amazônica como uma terra sem lei; à medida em que a Justiça não a alcança, o poder do capital encontra o ambiente perfeito para constituir uma rede de crimes.

A realidade é bem diferente da retórica sem fundamento construída por Bolsonaro e seus seguidores, a exploração estrangeira da Amazônia já acontece e de acordo com o relatório mencionado o financiamento estrangeiro contribui para seu desmatamento, e isso em nenhum momento preocupa ou incomoda Bolsonaro, que se diz tão preocupado sobre interesses estrangeiros na Amazônia.

A proteção da Amazônia e de toda sua população nativa deve ser prioridade para todos os políticos que dizem defender nosso país. Apesar do presidente dizer que busca a “soberania nacional”, sua política carece de qualquer tipo de proteção ambiental, ignora a constituição e nunca nos protegeu dos interesses extrativistas estrangeiros. Esse tipo de mentalidade irresponsável, o cinismo e o comportamento deletério de Bolsonaro é diretamente responsável pela deterioração do Brasil.

Publicado originalmente em Le Monde Diplomatique Brasil.

Tags: BolsonarismoLivre Mercado
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